sábado, 5 de julho de 2014

Câncer. Presépio. Besouro

                Acubens, Altarf, Asserllus Borealis, Asserllus Australis e Tegmine. Esses são os nomes das cinco estrelas da constelação de câncer. Segundo os gregos,  a conformação dessas estrelas assemelha-se a um carangueijo, esse com suas patas assemelha-se a um carcinoma que adentra os tecidos humanos em sua metástase, dái a medicina moderna chamar esse mal de câncer. Ao observamos esse paralelo estabalecido, nos enchemos de uma expressão de absurdo, provavelmente por inobservância à astronomia ou por falta de conhecimento mesmo. No centro da constelação de câncer há um grupo de estrelas de brilho fraco que na cultura ocidental apelidamos de “presépio”, por lembrarem uma manjedoura, no entanto, ainda na cultura grega, essas estrelas são vistas como um portão para onde as almas ascendem ao além. Ironicamente, 15% das almas brasileiras que ascendem aos céus todo ano, passam por esse portão. Mais irônica ainda, é a visão dos egípcios, que veem as estreleas de presépio como um besouro, símbolo da imortalidade. De fato, as células do tumor anseiam a imortalidade, incapazes de se degenerar essas células crescem e mutiplicam-se de tal forma que acabam matando o indivíduo por excesso de vida.               

                Ainda assim, a OMS prevê que 40% das almas que ascendem aos céus poderiam ter sua passagem por esse portão evitadas. Como? Por meio de prevenção. Vale lembrar que o câncer é uma doença que normalmente inicia-se com mudança em uma célula específica que passa a forma um exército de réplicas dela mesma, assim, quando identificado em momento que esse exercito esteja pequeno e não esteja infiltrado pelo corpo, torna-se possível a neutralização dessas forças. O melhor meio para prevenir é a adoção de hábitos saudáveis, o rastreamento e posteriormente o diagnóstico precoce.
                A adoção de hábitos saudáveis faz-se mister,  afinal mais de 60% dos novos casos de câncer tem como motivação os maus hábitos alimentares e o tabagismo. Esses quesitos são de conhecimentos comuns da população, no entanto, a pressão social e econômica para a permanência de vícios e maus hábitos é superior ao desejo de saúde da população.
                O rastreamento deve ocorrer com o autoexame do paciente ou com um exame físico feito pelo médico. Campanhas não faltam orientando o paciente a tocar suas próprias mamas e testículos ou a procurar por feridas na boca ou manchas de pele incomuns. Cabe a autoconsciência de cada um realiza-los. O exame físico também recái sobre a consciência de cada um, mas este deve ser realizado por um profissional, visto que muitas vezes é invasivo e ocorre com a análise e procura de sinais em alguma cavidade corporal, como o exame de colo de útero e o de próstata.
                E, finalmente, temos a realização do diagnóstico de câncer precocemente, este deve ser realizado pelo médico associando a anamnese  e o exame clínico para verificar a necessidade dos exames complementares, esses visam não só a confirmação do diagnóstico, mas também conhecer o estágio de desenvolvimento em que se encontra o carcinoma. Os exames complementares dividem-se entre os imagiológicos e os bioquímicos, estes últimos visam a identificação de proteínas marcadoras específicas para cada carcinoma.
                Na próxima postagem, comentaremos mais sobre o câncer e sua relação com o SUS e com exames Bioquímicos. Para irem se informando mais sobre essa patologia, recomendo os seguintes links:

5 comentários:

  1. O SUS deverá garantir o diagnóstico e todo o tratamento do câncer, oferecendo os seguintes serviços: Serviços de Cirurgia Oncológica, Oncologia Clínica, Radioterapia, Hematologia e Oncologia Pediátrica em Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia.

    Amparo legal:
    - Portaria nº 741, de 19 de dezembro de 2005, Artigo 2º.

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  2. O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce, seja pelo reconhecimento de alguma anormalidade pelo autoexame ou pela mamografia, é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.
    http://www.portalvital.com/saude/saude/cancer-de-mama-a-importancia-do-diagnostico-precoce

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  3. O SUS fornece protocolos de prevenção, tratamento e acompanhamento para o câncer. O essencial é a prevenção, quanto mais cedo diagnóstico as chances de cura aumentam consideravelmente. O exemplo disso são as campanhas do papanicolau, toque retal e rastreamento de manchas na pele e entre outras. Fora o constante debate nas UBS para educar as comunidades quanto aos primeiros sinais, os fatores de riscos e como evitá-los.

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  4. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente deve ir até a unidade de saúde mais próxima de onde mora quando apresentar um sintoma ou queixa de saúde.Caso esta unidade não tenha condições de dar um atendimento para o caso, ele será encaminhado para um ambulatório de especialidades ou para um hospital.Lá, ele será visto por um médico especialista na área, que vai pedir exames para comprovar a existência do câncer. A depender da região onde está, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um hospital ou uma clínica que seja uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), capacitada para tratar os tipos de câncer mais comuns no Brasil, ou para um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que pode tratar qualquer tipo.
    http://saude.ig.com.br/minhasaude/entenda-como-funciona-o-tratamento-de-cancer-no-brasil/n1597350811723.html

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  5. No ano 2000 foi implantado, com a coordenação do Instituto Nacional de Câncer, o Projeto de Expansão da Assistência Oncológica, chamado Projeto Expande. Este visava a ampliação do acesso ao tratamento do câncer no Brasil, tendo em vista o desafio de reduzir as desigualdades regionais na oferta de assistência oncológica à população brasileira no SUS. Em seu desenvolvimento, o Projeto Expande buscava fortalecer o modelo de atenção integral ao paciente de câncer, pela implantação de serviços que concentrassem numa mesma estrutura organizacional todas as modalidades terapêuticas necessárias ao tratamento do câncer: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Além disso, orientou o crescimento da rede assistencial a partir de critérios epidemiológicos, estimulando a organização de redes assistenciais hierarquizadas e regionalizadas junto aos gestores do SUS. Entretanto, desde o ano de 2012 não existem mais novas iniciativas no âmbito do Projeto Expande, visto que o Ministério da Saúde anunciou novos investimentos para a prevenção e controle do câncer no país como parte de um conjunto de ações estratégicas para o fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo do útero e mama, que inclui a ampliação da oferta de serviços de radioterapia com aporte de recursos em equipamentos e infraestrutura, por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS.
    Observa-se que o Ministério da Saúde adotou uma postura mais específica, direcionando seus investimentos para determinados tipos de câncer, mas ao mesmo tempo manteve sua ação sobre o câncer em geral quando se dedicou à expansão da radioterapia.
    [http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/projeto_expande]

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