sábado, 7 de junho de 2014

SUS, Filas, Exames


Entre 3 e 12 reais, esse é a amplitude de custo dos exames que identificam os níveis de glicose no sangue de um indivíduo e permitir o diagnóstico preciso de diabetes. 8 reais é o preço de um exame que mede os níveis de colesterol no sangue, e permite a prevenção de doenças derivadas do excesso dele no sangue. 3 a 12 semanas, 3 a 12 meses, ou anos, esse é o tempo que se demora quando marca-se um exame pelo SUS, como ocorreu com um Aposentado em Vitória da Bahia, que teve seu exame de urofluxometria (que mediria a velocidade do jato de urina) para quatro anos a frente e, por isso, resolveu desembolsar 2.000 reais de suas economias para a realização do exame.

Cada vez mais, temos o aumento das filas de espera do SUS em uma proporção inversa ao crescimento do preço dos exames, que cada vez barateiam mais. Isso faz com que o brasileiro pague por algo que ele tem o direito constitucional de ter. O planejamento famílias, por exemplo, chega a representar 2,6% dos motivos de atendimentos nos Centro de Saúde da Família, certos exames necessários para esse planejamento, como o espermograma, não chegam a custar nem 20 reais. Então, ao invés de esperar meses em uma fila, o brasileiro prefere pagar e usufruir da rede privada.



Referências:
http://rbmfc.org.br/rbmfc/article/viewFile/95/364
http://www.sinescontabil.com.br/convenios/exames.htm
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/02/13/exame-pelo-sus-demora-quatro-anos-para-ser-marcado-na-bahia.htm

7 comentários:

  1. A DEMORA para receber o tratamento ou marcar um exame é o maior problema enfrentado pala população que depende do SUS. Quem está com a saúde debilitada tem pressa. Muitas doenças tem seu curso de desenvolvimento mais rápido que o tempo de espera para o exame ou o tratamento que a identifique ou a cure. Desse modo, a celeridade de um exame ou um tratamento deve fazer parte da execução do direito a ter saúde garantido em lei.

    ResponderExcluir
  2. No post passado mostrava como era a sistema de exames no SUS. Por sinal, teoricamente é muito eficiente. No entanto, o que nos vemos são filas descomunais, pessoas desembolsando o que tem e o que não tem para pagar exames.

    ResponderExcluir
  3. Como falei no post anterior, a questão da demora dos exames e enorme filas é de gestão. É muito mais econômico para o gestor fazer pactuação do que montar o laboratório no município, pagando pelo profissionais e materiais básicos para mantê-los funcionando. Porém, deve-se ser acrescentado que a tabela de preços do SUS, desde sua criação, mantem-se a mesma. Uma consulta do PAB-fixo é 10 reais. Então, existe situações complexas a nível administrativo que necessita de uma revisão para melhor atender a população. Além disso, a maioria dos laboratórios que atendem a demanda do SUS são privados e que são feitos acordos de realizarem números contados por mês. É um problema que requer uma análise de todos que fazem a saúde deste país, pois, na realidade, os donos de laboratórios (na sua maioria) não aceitam a tabela do SUS e fazem o seu valor por exame.

    ResponderExcluir
  4. Dizer que o paciente prefere usufruir da rede privada é uma inverdade, o que acontece é que ele é obrigado a fazer isso devido às circunstância precárias da saúde pública brasileira. No post foram citados exames de baixo custo, mas mesmo esses não podem ser pagos por uma parcela considerável da população. Imaginemos, então, como deve ser a situação daqueles que precisam de tratamentos ou procedimentos complexos e caros, que geralmente têm oferta menor...

    ResponderExcluir
  5. Em meio a demora e ineficiência nos serviços laboratoriais prestados pela rede pública, a população se vê obrigada a recorrer as clínicas particulares porque esses exames são peças fundamentais no diagnóstico e tratamento de doenças que podem ameaçar potencialmente a vida desses pacientes.

    ResponderExcluir
  6. Como foi dito no comentário da Fábricia, a tabela de preços que o SUS oferece aos seus conveniados é bastante desfavorável, caso algum laboratório seguisse esses preços, como já foi até demonstrado em pesquisas, ele sofreria bastante prejuízo em determinados exames. Essa deficiência presente nos convênio, certamente é um dos principais fatores para o caos no setor laboratorial no SUS.

    ResponderExcluir
  7. Infelizmente, o Brasil não tem uma boa infraestrutura para suprir toda a demanda de pacientes atendidos na rede SUS. Entretanto, não há como negar as tentativas do governo em buscar contornar essa situação. Um exemplo disso é o sistema desenvolvido pelo governo para ajudar o prefeito a gerenciar melhor a Unidade Básica de Saúde, controlar o horário do médico, a agenda e manter as informações do prontuário do cidadão disponíveis aos profissionais de saúde. O Portal de Saúde do Cidadão e a plataforma E-SUS Atenção Básica foram ferramentas criadas pelo atual governo que auxiliam a gerenciar melhor as unidades básicas. Apesar de não sanar completamente a demora no atendimento, é de grande ajuda por facilitar o acesso às informações do paciente tanto pelo médico como pelo próprio paciente. (http://noticias.r7.com/saude/saude-lanca-ferramenta-para-agilizar-atendimento-de-usuarios-do-sus-05022013)

    ResponderExcluir